Um guia rápido para sua consulta.
Faz um tempo que o assunto alimentação está entre os mais questionados nos nossos canais. Achamos isso ótimo, maravilhoso para a saúde do pet, que terá uma alimentação muito mais rica, correta e saudável.
E, antes de começar a leitura do Guia abaixo, tenha em mente as seguintes informações:
1) Se você optou pela alimentação com ração premium, saiba que ela já tem todo os nutrientes para suprir as necessidades do seu cão. Elas são formuladas levando em consideração estudos sérios sobre nutrição animal. Então, tudo que você quiser "inserir" na alimentação do seu pet é um "plus", tenha moderação nas quantidades.
2) Se você optou pela alimentação natural, consulte sua nutricionista para inserir alguns itens abaixo, a inserção de uma fruta, em quantidade errada, por exemplo, pode desregular a dieta e fazer sei pet ganhar peso.
3) Todo esse conteúdo é do site www.cachorroverde.com.br que nós adoramos de paixão. Tem muito conteúdo exclusivo, tem curso para AN, tem vídeos. vale muito a leitura do site inteiro para se aprofundar no assunto :) Aqui, temos um recorte de tudo que eles orientam lá.
DICA MASTER: Como tudo na vida o exagero na oferta é o maior causador de problemas.
Por esse motivo é importante sempre testar a tolerância do pet oferecendo apenas um pouquinho (por exemplo, o equivalente a um ou dois cubinhos) de uma fruta ou outro alimento que ele nunca comeu. Experimente também oferecer longe das refeições. O melão, por exemplo é digerido muito rapidamente, mas se estiver acompanhado de outros alimentos pode ficar mais tempo do que deveria no estômago e fermentar, gerando gases e desconforto. E se perceber que seu animal não fica bem com a fruta “x” ou “y”, que mudou as fezes com aquele alimento, que vomitou aquele legume, simplesmente pare de insistir.
Alimentos que podem ser oferecidos
Vegetais (legumes e verduras):
- abobrinha
- abóbora
- aspargos
- batata
- batata-doce
- batata-inglesa (comum)
- batata-yacon
- beterraba
- brócolis
- cará
- cenoura
- chuchu
- couve-flor
- couve manteiga
- ervilha fresca (não em conserva)
- ervilha-torta
- espinafre
- inhame
- mandioquinha
- nabo
- quiabo
- rabanete
- repolho
- vagem
Todos os túberculos (batata, mandioquinha, inhamem cará, e etc) devem ser oferecidos cozidos.
Na dieta crua eles podem entrar na porção de vegetais.
Os outros legumes que não pertencem a família dos tubérculos podem ser servidos crus, mas neste caso devem ser liquidificados para facilitar a digestão.
Carnes desossadas:
Qualquer corte de carne sem osso de qualquer espécie serve. Vai depender somente de quanto você está disposto a pagar. Algumas espécies que podem ser oferecidas:
carne bovina
carne de búfalo
carne de cabrito
carne de canguru
carne de capivara
carne de cateto
carne de cordeiro
filé de frango
frutos do mar
carne de javali
moela de frango
ovos de galinha (limite a 1 ovo por refeição)
ovos de codorna (limite a 4 ovos por dia)
carne de peru
peixes
carne de porco – (retirar o excesso de gordura)
Alguns ossos dessas carnes podem ser aproveitados para, periodicamente, promover a limpeza dos dentes dos cães.
Peixes:
Peixes são muito nutritivos e bem-vindos na alimentação natural do pet. Dependendo de preço, disponibilidade e acesso, acrescente regularmente peixes à dieta do cão.
Espécies de peixes que podem ser oferecidas:
atum (fresco ou congelado, de lata contém muito sal)
bacalhau (fresco ou congelado – o seco contém muito sal)
badejo
cavalinha
linguado
manjuba
merluza
namorado
pescada
robalo
salmão
sardinha (fresca ou congelada, de lata contém muito sal)
truta
Sardinhas e cavalinhas são peixes em geral baratos e pequenos/médios que fornecem generosas quantidades de ômegas 3.
As opiniões dos especialistas em alimentação natural se dividem quanto a cozinhar o peixe ou oferecê-lo cru. Acontece que a carne do peixe de água doce contém uma enzima chamada tiaminase, que degrada boa parte da importante vitamina tiamina (ou B1). Para evitar possíveis deficiências de vitamina B1 sugerimos cozinhar o peixe. O cozimento, seja ele como for, anula a tiaminase.
O cozimento no vapor é o que menos destrói nutrientes. Mas cozinhar na água (sem tempero) também é válido.
Frutas:
abacate (só a polpa, sem a casa e sem o caroço)
abacaxi (sem casca)
ameixa (sem caroço)
amora
banana
caju (sem castanha)
caqui (sem semente)
figo
framboesa
goiaba
laranja
mamão
manga (sem o caroço)
maçãs (sem as sementes)
melancia
melão
mexerica
morango
polpa de coco
pêra (sem as sementes)
Frutas são opcionais e devem ser oferecidas como petiscos, entre as refeições, sempre em pequenas quantidades.
Alimentos proibidos (possivelmente tóxicos para cães):
Anote aí as comidas com as quais temos que ter cuidado para nossos pets:
Chocolate
O vilão nesse caso é um alcalóide derivado do cacau chamado teobromina. O fígado dos nossos pets não metaboliza essa substância prima da cafeína, que fica ativa no organismo, podendo intoxicar gravemente e causar taquicardia, espasmos musculares, vômitos e diarreia. Todo chocolate para humanos deve ser evitado. Mas quanto mais puro o chocolate (meio amaro, amargo e chocolate culinário) maior a ameaça de intoxicação severa – às vezes até letal – com uma dose pequena.
Carambola
Ela apresenta grandes quantidades de ácido oxálico insolúvel, que pode prejudicar os rins com deposição de cálculos (“pedrinhas”) de oxalato de cálcio. Na literatura científica recente há relatos de insuficiência renal aguda em pessoas e em camundongos por ingestão da fruta in natura ou do suco dela. Sintomas associados à toxicidade por carambola: salivação, inapetência, vômitos, diarreia, prostração, fraqueza, tremores, presença de sangue ou cristais na urina e alterações da sede.
Massa crua de pão ou bolo
O fermento presente na massa crua produzirá gases e álcool no trato digestório do animal, o que causa muita dor e desconforto pela distensão do estômago ou alças intestinais. No pior cenário as vísceras podem até romper com a distensão. Depois de bem cozida a massa, tudo bem dar uns pedacinhos ao pet, com moderação. A época de festas – Natal, Páscoa – é quando o Animal Poison Control Center, órgão ligado ao ASPCA (American Society for the Prevention of Cruelty to Animals) registra o maior número de ocorrências.
Cebola e acebolados
Nada de dar cebola ao seu pet. Uma substância encontrada nela chamada “n-propil disulfito” pode provocar um tipo grave de anemia nos pets. O perigo é exponencialmente maior para os gatos, muito mais sensíveis à intoxicação por cebola. Evite também alimentos preparados com cebola (fígado acebolado, arroz com cebola) e alimentícios industrializados com cebola na composição (papinhas de neném comerciais, molhos de tomate, salgadinhos etc).
Em relação aos cães, alho em excesso pode causar gases e também impõe risco de anemia. Mas é só cuidar da dose que o alho se torna seguro e traz um mundo de benefícios, como combate ao colesterol, ajuda no controle da glicemia, aumento da resistência a pulgas, carrapatos e vermes intestinais, redução do risco de derrames, alívio de quadros inflamatórios e auxílio no combate a tumores.
Muitos veterinários holísticos, como os norte-americanos autores de livros Dr. Richard Pitcairn Ph.D e a Dra. Karen Becker recomendam há anos a inclusão de um pouquinho de alho na dieta dos cães, algo como uma lâmina fininha por dia. A longa tradição de oferta segura também é reconhecida pelo formal órgão norte-americano de pesquisa em nutrição de cães e gatos National Research Council (NRC), que também estabelece diretrizes para formulação de alimentos para pets.
De acordo com esse trabalho científico a dose tóxica de alho para um cão de 32kg seria 75 dentes de alho ou 5 cabeças de alho, e para um cão de 5kg, meia cabeça de alho ou 5 a 8 dentes, nas refeições ao longo de alguns dias. Ou seja, um cão precisa ingerir regularmente uma quantidade absurda de alho para causar prejuízos à suas hemácias.
Em nossas dietas para pets saudáveis sugerimos a inclusão de uma lâmina de alho fresco picadinha a uma das refeições diariamente ou a cada 2 ou 3 dias, dose até mais baixa que a recomendada por veterinários como os citados acima. Nessa dose, o alho costuma ser muito bem tolerado, mas em caso de reações indesejáveis – gases, arrotos, alergia – é só interromper o uso.
Também é importante suspender o alho em caso de anemia, antes de cirurgias e quando o pet fizer uso de medicações que interferem na coagulação (como ciclosporina), porque o alho também tem propriedades que afinam o sangue.
Desde 2008 monitoramos os hemogramas de nossos cães e pacientes que recebem um tiquinho de alho fresco na dieta e até hoje não verificamos nenhum caso de anemia hemolítica causada por intoxicação por alho. Para aprender como e quanto oferecer de alho ao seu amigão, consulte nossos artigos sobre os complementos das dietas naturais.
Macadâmias
Até doze horas depois da ingestão dessas castanhas redondinhas, cães e gatos podem apresentar fraqueza, depressão, vômitos, tremores, hipertermia e queda dos membros traseiros. Felizmente, os sintomas costumam passar sozinhos e duram 12 a 48 horas. Mas o quadro assusta e traz muito desconforto e mal estar ao animal. Outras castanhas, como a do Brasil (castanha-do-Pará), nozes, amêndoas e amendoim não são tóxicas, mas devem ser oferecidas com moderação por serem bastante gordurosas.
Cuidado com a batata comum
Os vegetais da família das solanáceas – batatas, tomate, berinjela, jiló e pimentão – contêm um glicoalcalóide chamado solanina (ou solamina), capaz de deprimir o sistema nervoso central e provocar transtornos gastrintestinais. Mas de todos os citados, a batata inglesa (a comum) é a mais rica nesse composto, cuja casca concentra até 90% da solanina.
Para eliminar essa ameaça, armazene a batata longe da luz solar, descarte a casca e cozinhe o tubérculo diretamente na água fervente. Micro-ondas (que você deve evitar por todos esses motivos) e cozimento ao vapor não destroem a solanina. Jamais consuma ou ofereça ao pet batatas cruas (são difíceis de digerir); muito menos germinadas ou com a casca esverdeada, sinais de acúmulo de substâncias tóxicas.
Sempre que possível, prefira tubérculos que substituem com vantagens a batata comum e que não contêm solanina, como a batata-doce, o inhame, a mandioquinha (ou batata-salsa ou batata-baroa) e o cará, sempre cozidos.
Berinjela, pimentão, tomate e jiló
contêm teores mais baixos de solanina e em geral podem ser oferecidos com moderação se o pet os tolerar bem. Contudo, há especialistas em nutrição humana e pet que contra-indicam a oferta de qualquer solanácea a indivíduos com problemas ortopédicos (atrose, artrite, displasia coxofemural, dores na coluna etc), sob alegações de que esses vegetais podem agravar o quadro inflamatório.
Casca e folhas de abacate
O problema aqui é a persina, um derivado de ácido graxo que é especialmente tóxico a aves, cavalos, porquinhos-da-india, caprinos e coelhos. Os cães parecem ser menos suscetíveis à toxicidade da persina, mas é bom tomar cuidado e não permitir que ingiram as folhas e a casca do fruto. Os sintomas associados à intoxicação por persina incluem vômitos, diarreia e alterações cardíacas. Ingestão excessiva de persina pode até levar a óbito.
A polpa do abacate (a parte da fruta que comemos) é segura para oferta, desde que com moderação, pois embora a gordura do abacate seja saudável, majoritariamente do tipo poli-insaturada, gordura é gordura: em excesso engorda e pode sobrecarregar o pâncreas. E não se esqueça de retirar o caroço, infelizmente não são incomuns cirurgias de emergência para retirar do estômago do cão um caroço retido.
Uvas e passas
Ainda não se sabe exatamente o motivo, mas há relatos de sobra na literatura científica de cães que comeram uvas ou passas e desenvolveram falência renal aguda severa, em muitos casos, letal – veja alguns exemplos aqui, aqui, aqui e aqui.
Qualquer tipo de uva ou passa, mesmo orgânicas, com ou sem casca e com ou sementes, e em qualquer quantidade, pode subitamente danificar os rins. Mesmo cães que sempre comeram uvas sem prejuízo aparente podem sofrer uma crise. Acredita-se que essas frutinhas também sejam prejudiciais aos gatos. Na dúvida, e com tanta fruta segura à disposição, é melhor evitar.
Outros alimentos potencialmente perigosos
Semente de linhaça crua – contém ácido erúcico, que pode intoxicar os pets.
Açúcar e alimentos açucarados – podem causar obesidade, cáries, diabetes e tornam o paladar dos pets seletivo.
Frituras – fornecem gorduras prejudiciais à saúde, oxidadas.
Chá preto e café – contém alcalóides neurotóxicos e que podem causar alterações cardíacas.
Pimenta malagueta – pode causar gastrite e até úlcera.
Xilitol (tipo de adoçante) – pode gerar hipoglicemia, convulsões, vomito, fraqueza e até morte dependendo da dose ingerida.
Ruibarbo – mesmo problema da carambola, é fonte de ácido oxálico solúvel que pode se depositar nos rins em forma de cristais ou cálculos de oxalato.
Osso de ave cozido – o cozimento altera a estrutura molecular do colágeno do osso, tornando-o mais rígido ao ser partido. Com isso o risco de perfuração gastrintestinal é real. O tratamento por calor também torna o osso mais difícil de digerir, favorecendo obstruções. Osso tem que ser ingerido no seu estado natural, cru.
“Osso” de couro branco – indigestos, esses couros frequentemente são tratados com alvejantes como a soda cáustica para agradar aos nossos olhos.
Sementes de maçã e pêra – liberam pequenas doses de ácido cianídrico no estômago, um tipo de veneno.
Fonte:
www.cachorroverde.com.br
https://www.hillspet.com/dog-care
https://www.thesprucepets.com/
www.petz.com.br/blog/cachorros/alimentacao/
www.portaldodog.com.br/cachorros/adultos-cachorros/alimentacao-adulto/
www.peritoanimal.com.br/
https://centroveterinariopacaembu.com.br/
www.petz.com.br/blog/cachorros/o-que-cachorro-nao-pode-comer/
https://dogtime.com/
https://pets.webmd.com/
https://br.pinterest.com/
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