Um assunto polêmico. Encontramos uma turma de pessoas e veterinários que não vê problema, e, outra legião que não recomenda mesmo.
Aqui, você encontrará argumentos para formar sua opinião sobre o assunto. E, é claro, encontrará a nossa opinião sobre esse tema tão controverso.
Tosa Higiênica. Entenda a importância desse procedimento.
Bom, a mais comum delas e, em nossa opinião, a única realmente importante é a higiênica. Ela tem reais benefícios aos pets. Não é uma questão estética e não é um luxo. Claro que existem alguns “poréns” a serem analisados, mas vamos aos benefícios imediatos:
Pelos longos podem ser verdadeiras vassourinhas, levam consigo toda a sujeira por onde andam e deitam.
Na região da barriga, por terem os pelinhos mais finos, maior chance de embaraçar e criar nós. A razão para a importância da tosa nas áreas íntimas é impedir o acúmulo de sujeira. Por serem regiões diretamente ligadas às áreas de evacuação, é possível que restos de urina ou fezes fiquem agarrados aos pelinhos e este é um ambiente perfeito para a proliferação de bactérias e parasitas que podem trazer doenças de diversos tipos e gravidades ao pet. Nesse sentido a tosa é uma prevenção ao acúmulo de sujeirinhas, verminoses e outras enfermidades. E, uma verdade que tem que ser dita: o xixi é complicado de administrar. Impossível controlar os pingos, eles pisam em cima... acontece né amigos. Para isso, com a tosa basta passar uma toalha higiênica, um paninho úmido e pronto, está limpo.
Na área das almofadinhas na sola das patas dos cães (chamada de coxim e também almofadas plantares), o benefício é evitar que o animal escorregue na própria pelagem que cresce na região e dificulta a movimentação sem acidentes. Um grande problema das raças pequenas é o esforço estrutural nos pisos lisos. Acreditem, é um desafio pra eles, não existe isso na natureza. Lesões na patela e na coluna são comuns em virtude de pisos e escadas (falaremos disso em outra ocasião).
Resumos da história: é bom fazer a tosa higiênica, MAS o indicado é somente tosar os pelos superficiais, nunca rente a pele e nunca no sub-pelo. Atenção à higiene do lugar e ao profissional que fará esse serviço para não “tosagem” próximo à pele, evitando assim queimaduras, alergias e machucados. Além disso, alguns cães apresentam algum tipo de alergia às lâminas da máquina ou se estressem facilmente com o barulho que ela produz. Nesses casos prefira o uso da tesoura. Por ser mais demorada que as demais técnicas, esse tipo de tosa acaba não sendo o preferido por proprietários sem tempo, no entanto, seus resultados podem ser tão bons quanto os outros. Esse tipo de corte é indicado também na remoção dos pelos da região anal, já que a área tem uma propensão maior a sofrer com alergias e é mais delicada.
E a tosa Boo – Tosa Curta - Trimming... são opções?!
O que achamos dessas tosas? Nunca faremos. Mas, essa é a nossa opinião.
Os argumentos são simples. Cães de raças peludas, com sub-pelos, não foram “criados” para serem tosados. Eles exigem cuidados. Se você não gosta de cães peludos, ou não tem tempo para os cuidados que devem ser feitos, opte por uma raça de pelo curto. Valorize a natureza da raça em sua plenitude, vale a pena
A Tosa Bebê deixa o animal com pelos de, no máximo, dois dedos de comprimento. Quem defenda a tosa argumenta que evita tanto que os fios se embolem quanto que acumulem resíduos de sujeira. Mas, sinceramente, com limpeza, tosa higiênica e com rotina de escovação se resolve.
Na tosa da categoria Trimming que é aparagem da pelagem do cão com tesouras. No Brasil, trimming se refere à tosa padrão da raça. No trimming, o “esteticista canino” – chamado de Groomer – faz com que o animal fique mais harmônico e “dentro do padrão”. Ou seja, aqueles pelinhos ao redor das orelhas, são tosados, tudo fica “parelho”.
Mas, vamos aos prós e contras para você analisar a Tosa no Spitz Alemão:
Pontos positivos:
1) É mais prático, não precisa escovar e o banho é bemmm mais rápido.
2) O resultado pode ser muito bonitinho, parecido com um ursinho e com aparência de filhote.
Contras:
1) Seu pet ficará sem isolante térmico natural, podendo adoecer com mais facilidade, mesmo quando ficam dentro de casa.
2) Um profissional ruim pode cortar ou queimar o cão com a máquina de tosa.
3) Risco de Alopecia pós-tosa: a pelagem do cão não volta ao normal ou demora muito, quase 2 anos para voltar. Algumas partes do corpo do cão ficarão peladas e, geralmente, a pele fica com aspecto feio, com descamação ou coloração escurecida. Alguns animais têm crescimento dos pelos de forma irregular e acabam sendo tosados novamente, dando continuidade ao problema.
Vamos continuar:
O crescimento do pelo é cíclico, passam por fases. A duração dessas fases faz com que existam nos cães pelos longos, médios e curtos. Compreendendo uma fase de crescimento ativo, uma fase transitória e uma fase de repouso. As fases são:
Anágena é o período de crescimento em comprimento do pelo, a catágena é o período em que o pelo não cresce, fica estacionado no seu tamanho e a telógena quando o pelo desprende e cai. Se o pet for tosado na fase anágena, provavelmente seu pelo não crescerá mais ou crescerá de forma irregular.
Nos Lulus a fase telógena é prolongada (fase final, estacionária, do crescimento do pelo), que possivelmente evoluiu com o objetivo de poupar energia em climas de frio extremo (assim estas raças não teriam que trocar a pelagem constantemente, ou manter um ritmo de crescimento piloso constante, uma desvantagem em climas extremos). Somado a isto, este tipo de pelagem se desenvolveu para manter a temperatura elevada próxima à pele; quando ocorre a tosa este isolamento térmico – o qual a pele destas raças foi desenvolvida para ter – é perdido, podendo causar a interrupção do crescimento piloso – assim a pele e o folículo piloso, expostos a baixas temperaturas a que estas raças não são naturalmente habituadas.
Normalmente, esse processo é muito bem equilibrado, de modo que o animal esteja coberto de pelos durante todo tempo.
E, com base nesse estudo e como não existe maneira de saber qual é a fase que o pelo do seu animal está, porque correr o risco?
Sinceramente, repense muito a tosa se:
1) Ele tem pouco subpelo
2) Ele tem a pele sensível
3) Ele tem acesso ao lado de fora da casa nos dias frios ou muito quentes.
4) Ele é um filhote com menos de 1 anos e meio de idade
De forma geral, o ideal seria não fazer a tosa (exceto no caso de doenças de pele em que a tosa é necessária para o tratamento). Mesmo nesses casos, deixe uma altura mínima de 6 cm de altura do pelo que deve ser preservada.
Alopecia Pós-Tosa
Qualquer tosa que alterar o isolamento térmico da pele, seja feita com máquina ou tesoura, pode causar a Alopecia Pós-Tosa; claro que quanto mais curto o pelo mais prejudicado é o isolamento térmico e maior a possibilidade de causar a Alopecia Pós-Tosa.
Mesmo animais que foram tosados múltiplas vezes no passado com crescimento normal pós-tosa podem eventualmente apresentar o problema (possivelmente pela fase de crescimento em que a maioria dos pelos se encontrar quando a tosa for realizada).
Em alguns casos mais graves, o animal perde quase todo pelo do corpo, poupando apenas a cabeça e os membros. Como a pele fica exposta ao sol, a coloração da pele do animal pode ficar mais escurecida e ressecada. Alguns animais podem demorar quase 2 anos para voltar a apresentar o crescimento normal. Neste interim, os pelos podem crescer em ritmos diferentes, tornando a pelagem irregular, o que geralmente leva a novas tosas e a continuidade do problema.
Há uma forma eficiente de evitar a Alopecia Pós-Tosa: evite tosar exemplares destas raças ou restrinja a tosa apenas à porção final dos pelos primários (mais longos), SEMPRE POUPANDO O SUB-PELO.
Fonte:
www.petz.com.br/blog/cachorros
www.portaldodog.com.br
www.peritoanimal.com.br/
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